domingo, abril 30, 2006

Ressaca moral?



Porra. Mal acordei e meus planos já mudaram pra esse domingo. 5 e meia da tarde e meu dia está começando.

Mas que final de semana!
Eu poderia dizer que até me programei
E digo também que tinha as minhas expectativas
Por exemplo
Um beijo gostoso e um tesão muito grande
Pois o corpo se acostuma
Depois demora pra desacostumar
Como eu vou tirar você da minha pele agora?
Na verdade, não seria você
Seria o próprio sentimento
Eu acho que acredito em fidelidade ao sentimento
E não à pessoa, por mais que pareça ser assim

Eu gosto do inesperado
Mas gosto também do confortável
Porque eu sei que existe um resistência à tudo que é novo
Tipo: " Como vou conseguir me virar numa coisa que eu nunca vi?"
Ah, é aí que lembro dela
Joelhos flexionados pra ganhar mobilidade
Aproveitando a inércia dos movimentos
Pra atacar ou defender
Sem tirar os olhos daquilo que pode te ferir
Daquilo que você está desafiando
Cê é malandro, mano????? Tem as moral???

E as drogas?
As drogas, foram tantas!
De variações incrivelmente sem noção
Elas dominam a balada
E não que não seja agradável
Senão não o faria
Mas acho que existem tantas coisas, mas tantas coisas!
Tantas coisas que envolvem isso!
Ontem eu pensei que quem fica mais louco
É quem vive mais intensamente
Justamente por causa disso
Por mudar as maneiras de sentir
É estranho, pois quem seria você de verdade?
Um milhão de facetas diferentes
Lúcida ou não!

Mas a minha angústia é
que tem tantas pessoas que eu quero ver
E não vejo
Tantas pessoas que querem me ver também!
Aquelas do tipo " vip"
Do tipo que você ama muito!

Porra, são tantas coisas pra fazer e tantas pessoas para ver!
E tanto amor e tanta falta de organização pra fazer tudo isso!
Aaaaaaaaaah!
Eu tento ser o Super Homem também...
Trampando, estudando, treinando, tocando, vivenciando, se relacionando...



quinta-feira, abril 20, 2006

"O que que a vida fez da nossa vida?.."



Adoro coincidências! Elas dão a sensação de alguma coisa mística, fora do normal, como se fossem sinais!

Falaram pra eu tirar uma música no violão e cantar. Eu acabei nem tirando tudo, por isso vou no trampo mais tarde hoje...(relaxo!). Mas o engraçado, todo o significado dela eu tirei na minha vida, em uma semana.

E nesse momento, é como se fosse um retrato meu, e me incomoda por ser uma música clichê, manjada, aquelas de videokê...hahaha

"Bem que se quis
Depois de tudo ainda ser feliz
Mas já não caminhos pra voltar
E o que que a vida fez da nossa vida?
O que que a gente não faz por amor?

Mas tanto faz
Já me esqueci de te esquecer porque
O teu desejo é o meu melhor prazer
E o meu destino é querer sempre mais
A minha estrada corre pro teu mar

Agora vem pra perto vem
Vem depressa vem sem fim
Dentro de mim
Que eu quero sentir o teu corpo pesando
Sobre o meu
Vem meu amor vem pra mim
Me abraça devagar
Me beija e me faz esquecer"


Me beija e me faz te esquecer.

Agora preciso fazer o que eu deveria estar fazendo há alguns dias, e fiquei enrolando aqui na porra da internet!

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terça-feira, abril 18, 2006

Eu não suporto mais a tua simpatia de giz.


O Antônio disse que sim. Antônio era um patologista que gostava de poesias. Aí eu pensava que ele era muito experiente em relação às relações humanas. E pode até ser. Mas nesse momento eu não preciso de um sim. Eu preciso de um vôo mais baixo, mais fluido, mais relax.

Quem disse que a intensidade e a novidade vêm acompanhadas sempre de sensações boas?? Agora a pontada vem no MEU coração. Ferindo as minhas feridas abertas, trazendo novas feridas, e novas percepções, mas, dessa vez, as não tão prazerosas.

Que honra ter você por aqui, sofrimento querido.

Agora é, mais do que nunca, a hora de colocar esses demônios pra fora. Puta que pariu.

" Eu não suporto mais a tua simpatia de giz
O teu jeito de saber do vento mais que o nariz
Esse jeito de ser o que você queria ser
Mas não é!!!!"

quinta-feira, abril 13, 2006

Andei me sentindo desanimada. Preguiçosa. Sem motivação. Nos últimos dois dias. Pra trampar, pra tocar, pra ir atrás das coisas que eu quero, sejam elas pequenas ou grandes. Até a passagem pra viajar eu deixei pra última hora, e olha que é uma viagem pra encontrar uma pessoa que eu amo muito, aquelas pessoas que você conhece desde o útero.

E aí no começo da noite, sentada no banco da igreja pra fazer um tempinho, conversando com um cara do trampo, me vem a dúvida, e essa dúvida só aparece pela resistência, pelo medo de se esforçar. " Vou ou não na capoeira?". Parece ser uma coisa boba, efêmera, pra gastar tanta energia.
Mas pra quem não sabe eu faço uma terapia que envolve a capoeira angola. E uma coisa que eu sei é que a maneira que eu ajo diante da terapia e, consequentemente da capoeira, é a maneira que eu ajo diante da vida.

Eu ando acreditando mais do que nunca que todas as coisas da sua vida são ligadas, direta ou indiretamente. Um exemplo?

Esses dias eu tive uma crise. Uma crise que envolvia todo o amor que eu andava transborbando. Eu sentia uma falta de alguma coisa num relacionamento. E não era falta de amor, porque este, como eu acabei de dizer, estava transbordando. Era uma ausência de criatividade, de habilidade pra lidar com as situações, falta de coisas novas, excitantes, tesudas.

E o que aconteceu foi que depois de confissões e algumas lágrimas, as coisas se clarearam e aí surgiu a nova proposta: Fazer coisas diferentes, falar mais, ou falar menos, ir pra lugares diferentes com ele, brigar mais, chorar mais, trepar de um jeito diferente, enfim, qualquer coisa que seja mais intensa, mais vivida, pra alimentar essa porra de amor.

E esse foi o motivo do meu desânimo, o desafio, essa nova proposta. É o ruim e velho medo de se arriscar à uma novidade, à alguma coisa nunca vivida antes, à propôr momentos diferentes. Acabou influenciando meu trabalho, minha música, minhas paixões, minhas amizades, meu corpo inteiro.

O medo traz um conforto em se acomodar na situação presente. O medo traz convicções negativas. O medo te traz vergonha e te traz frios na barriga. E não que eu ache que sentir medo seja uma coisa 100% negativa. Nada é 100% na verdade. O medo existe como uma forma de se proteger daquilo que pode acabar com você, com a sua vida.
O PROBLEMA É TEMER AS COISAS MAIS SIMPLES DA VIDA.

Não tenho certeza se foi um bom exemplo, mas nem quero saber porque nesse momento eu não quero gastar todo o tempo do mundo.

E voltando ao banco da igreja, eu decidi que ia sim, mentalmente, e tive um pouco de resistência depois, mas falei " vou nessa" e nos despedimos e eu fui.

No caminho eu lembrei de várias vezes que eu sinto medo de jogar e jogo de maneira medíocre. E pensei que se eu tava indo, era melhor eu fazer direito.

E quem disse que o medo passou? Não. Mas pelo menos eu tava tentando. E o primeiro jogo foi longo, cheio de medos, mas cheio de libertação também, como se eu suasse e fizesse os movimentos pra quebrar toda a área de acomodação em que eu me encontrava.

E não é que foi bom? E não é que depois eu entrei na sincronia do tempo com quem eu jogava, seja quem fosse, e o golpe de repente saía na hora certa?
E como um presente no final começamos a tocar os berimbaus e o pandeiro, e eu tive que desafiar a minha vergonha de cantar de verdade, foi muito bom também.

Depois que cheguei em casa eu me senti motivada pra estudar música, pra procurar na internet as dúvidas que eu tinha, e quando eu tava estudando uma escala eu percebi um potencial criativo muito excitante.

E isso me deu motivação pra fazer minha mala também. E pra ir trampar amanhã com uma energia positiva, pra poder melhorar o meio ambiente. E o meu ambiente.

E lógico, pra melhorar esse meu relacionamento. Pra não ficar sofrendo se de repente eu transbordo amor.

Agora chega, já tá registrado o que eu queria registrar.

quinta-feira, abril 06, 2006

Mel, gengibre e limão.

Hoje choveu e eu não trabalhei. Tomei uma breja e troquei umas idéias. E idéias clareadas atraem outras idéias clareadas. E a partir dessas novas, clareiam-se mais algumas. É o que vou fazer daqui a pouco. Quando for trombar um queridíssimo amigo meu.

O que acontece é que eu tatuaria essa fase da minha vida. E como me disseram hoje à tarde, " Fase passa, mas tatuagem não". Mas não tem como abandonar certas maneiras de sentir, certas buscas pela intensidade, certas liberdades mais livres.
E outra...tá ficando tudo tão dinâmico, num ritmo tão gostoso, não, tudo bem, às vezes a gente sofre né, no último post, por exemplo, eu não estava exatamente feliz...mas estou lidando com as coisas de um jeito bem diferente. E isso me traz de volta situações diferentes. E muito mais excitantes. Quando você se abre mais para as coisas, as coisas se abrem mais pra você. É praticamente uma lei da física. (?)

Poderia chamar de divisor de águas? não....melhor não. É um processo natural, não é um choque, não é de repente, é aos poucos, nesse ritmo louco.

E agora, uma consequência fatal: Como lidar com as pessoas que não estão mudando do mesmo jeito que você? Parece fácil. Só parece.

O que importa hoje é que eu comecei a fazer aula de canto.

Vô cantá. Nessa intensidade, mas não nessa técnica. Vamos que vamos. Finalmente.

Essa música tá me dando um tesão enorme. Que viagem mais deliciosa, não?
(Portishead- Mysterons)

domingo, abril 02, 2006

Outro lugar.

Sempre procurando alguma coisa a mais. E sempre acompanhada com uma boa trilha sonora. Mesmo que eu ache que eu deveria estar criando mais, sempre tem alguém que consegue falar na hora certa e no ritmo certo. Sempre. Sempre. Sempre.

Perceber o ritmo da pessoa e se aproveitar disso. Pra machucar e pra curar. Tensionar e aliviar.

O dia nasceu. Nada de calorzinho do colinho de um amorzinho bonitinho e fofinho. Nada. Sozinha.

Cuidado com o que você guarda pra si. Porque a hora de agir passa, e aí você age na hora errada, ou do jeito errado. Errado no sentido de não ser benéfico pra você, mas sim destrutivo, desencantador. Ninguém gosta de ver o tesão acabando.

Chega. Preciso dormir. Pelo sono e pelas circunstâncias querendo acontecer.

Só espero que o morno se torne quente, pelando de um jeito absurdo, de tão intenso. Ou senão que congele de vez, anestesiando a pele, tirando toda a cor. E que a percepção aumente para a batida da trilha sonora, o tempo certo. É só deixar fluir. DEIXAR fluir.

Quem tá representando no ritmo e na voz agora é o bom e velho. Velvet.

Candy says...