quinta-feira, junho 22, 2006

Ilha Solteira




Viagem de muitas viagens...
Com dois muito lindos e muito loucos
Loucos, loucos e loucos
Numa cama eterna
Sem ao menos sair pra mergulhar
Ou assistir à um jogo de copa do mundo
Mas mesmo assim muito bem acompanhados!
( Não levem pro lado sexual! ahah)



Não, não só e somente de algumas coisas...
Mas de muita música, mesmo que as opções no começo pareçam poucas!
Days of the new, UNIFIED THEORY, Pain of Salvation, Pearl Jam
Secos e molhados!!
Entre outros que custa lembrar!
Aaah, tinha a Janaína também que marcou a viagem

" Ela diz..que apesar de tudo ela tem sonhos...
Ela diz que um dia a gente há de ser feliz.."

AHahhahaha.
Devido à um show que rolou do Biquini Cavadão. Meio bosta!
E um total bosta, Dance of Days.
Isso no nosso contexto e gosto musical, lógico.

Vrrruuuuuuummmmmm Vruuuuummmm
Motos e motos everywhere!



Sim, comemos um bocado!
E eu ainda nessa minha nova experiência vegetariana
Foi gostoso, gostei de tudo que eu comi!
Rolou até um almoço de graça sem querer querendo...
E um macarrão muito bom também...



Várias risadas
Um exercício abdominal forte
Porque minha barriga até doeu em certos momentos!
Certas cenas!!
Nossa, agora sou inundada de flash backs
Flash Becks!


Ah! Senti muita falta de cantaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaarrrrr durante a viagem!
Fui fazer uma limpeza no ouvido
Não levei nada do que costumo ouvir
Pra quebrar essa rotina mesmo
Até aí tudo bem
o único que faltou foi ele
O violão
Velho camaradinha....

Bom, 11 horas de viagem e 1500 paradas em cidadezinhas ahahah
Durmi do lado do Bá
Com o Nelson Rodrigues em cima de mim.

E depois de tanta vida boa
Hoje, dois dias depois de voltar
Eu ainda não tô conseguindo voltar às minhas responsas..

Estou tentando, estou tentado...
Às vezes esqueço que a luta é todo dia
E além disso, é o tempo todo!

E nesse momento estou feliz, pelo momento e um pouco por antecipação!
Por amor!!

sexta-feira, junho 09, 2006

"Experimentar situações novas de vida ou viver experiências socialmente inovadoras envolve risco e consequentemente traz incertezas, inseguranças.

Aparece então nosso lado conservador, pedindo para voltarmos àquelas experiências onde nos sentimos "melhor" ou mais bem-comportados socialmente.
Resistir a esta tensão é fundamental. Mais ainda: temos de fazer dela algo criativo, dinâmico e crítico.

No momento em que somos críticos, temos capacidade de readaptação e descoberta de novos meios de viver. É a necessidade de criação do homem, de completar a natureza através da própria vida.

Quando nos deixamos levar por esse impulso vital, que é a descoberta do novo, que é a necessidade revolucionária da renovação, acabamos descontentando aqueles socialmente conformados.

Uma pessoa em revolução incomoda muito, principalmente porque todo o resto sente necessidade de se revolucionar, mas é socialmente pressionado a não ter coragem para isso.

Esta pressão social se dá através das gratificações, como uma situação social estável que nos acovarda diante de qualquer risco, mesmo nos privando da liberdade. RISCO É SINÔNIMO DE LIBERDADE."


Roberto Freire e Fausto Brito- Utopia e paixão


quinta-feira, junho 08, 2006

A pitangueira


Olhei no relógio e era 8 e 3 da manhã
Um sentimento de mudança de planos
E de um prazer imenso veio
Ainda assim embacei um pouco
Parada, olhando pro nada
Mesmo já tendo certeza do óbvio

Saí andando
Com uma convicção
Começando a sentir uma sensação nova
De um dia diferente
De uma manhã pra mim
Como eu não tenho há muito tempo

A idéia era voltar pro quarto e estudar
Mas aí surge uma nova velha idéia
De ir pra essa pracinha
A velha nova pracinha da minha rua
tocar uma viola

Só de entrar eu pensei em quanto tempo eu não pisava ali
E depois de três ou quatro degraus
Olhando pra um dos bancos
Me vem
Me vem aquela sensação nostálgica
( e ontem minha mãe me disse que eu sou tão nova, tão nova,
pra saber o que era nostalgia)

Nossa, a quadra!
E melhor ainda
O murinho em volta da quadra
Onde a gente andava se equilibrando
Terminando lá atrás das grades, no meio da terra e do mato
Me veio também uma lembrança de um cheiro
Um cheiro de chão e de sujeira
De suor
Quando se corre muito e cai no chão
E quando se deita no chão sujo!

Cada pedaço daquela paisagem
Me dava vontade de estar em todos os lugares
Eu queria sentar em todos os lugares pra tocar
Era isso que eu precisava!

Agora são os moleques da minha rua
Que fazem isso!
Mas eu também quero fazer!
Quero brincar também

Mas aí eu olho pro lado esquerdo e vejo ela
Ela!
A pitangueira
Daquele mesmo jeito
Aí eu lembrei da gente
colhendo um monte de pitanga e comendo
E jogando as sementes no chão
E foi aí que meu olho se encheu de lágrima
E no mesmo momento também me senti um pouco clichê
Mas logo depois veio a sensação e a percepção
De como você é importante
Como você é eu
De como eu posso me sentir à vontade com você
E como a gente sempre vai ter uma ligação
Mesmo que eu ou você não queira mais
E só de escrever isso eu choro!
Ao som de um píano cronometrado pra intervalos específicos (!)

Aí eu fiquei procurando uma pitanga pra comer
Pra ver se eu sentia aquela infância de novo!
E me deu um desespero procurar
Morrendo de esperança
E não achar porra nenhuma
Só folhas e galhos!

Não é época de pitangas!!!

Isso me deixou triste, mesmo que não percebendo muito
Saí de lá e fui procurar outro lugar pra sentar
Mas acabei voltando e sentando no banco embaixo da pitangueira
E comecei
No meu chorinho tão novo!
E tão meu!

Pensei nas pessoas donas dos passos que ouvi
Andando pelo estacionamento do hospital
E se elas estavam gostando do meu som

Pensei nos vizinhos que poderiam estar acordando
Ouvindo esse som
Ou simplesmente acordando
Por causa do som

Pensei nele e em como deve ser
Ter sempre esses amigos sempre por perto
Os velhos amigos
E ainda tocar com eles!

Olhei as àrvores do estacionamento
Pareciam tiradas de um filme de terror!
Ah sim,
Não é época pra nascer flores tbm!
E por que eu nunca aproveitei a primavera?

Depois veio a minha própria pressão pra compôr algo
Começou assim mas terminou assado
Começou com um acorde menor, triste
Mas colorido
Falando:
" Chora mais um pouco que o sono vem"

Mas o tom mudou
E de repente ainda era triste
mas virou a bossa!
Ah não, agora é a balada clichê!
Ah, agora é um som nordestino
Com samba!

Aaaaah!
Terminou em samba!
Samba que vai se cortando pela metade!

Foi-se!

E o sol também vinha, chegando
Devagar
Depois rápido
Eu até mudei de lugar pra sentir ele
Que calor! Que gostoso!

Pensei no meu quarto!
Argh!
Pra que ficar num lugar fechado desse jeito?
Pensei na cara da minha mãe
E em como minha casa é fria
Fria no sentido corporal
E não emocional
Se bem que...

Amor de mãe que sufoca!
Mesmo bem intencionado!

Enfim,
A lição de hoje é de novo o amor
Mas o amor junto com a brincadeira gostosa de criança!

Eu, criança, amando. Brincando de ser séria.

Não há pranto sem saudade. Nem amor sem alegria.

Como eu posso viver sem a tua companhia?