sábado, junho 13, 2009

Esse blog, de tanto tesão, acabou brochando.

Agora a coisa acontece aqui:

http://www.pouquissimacoisa.blogspot.com/

adios

quarta-feira, novembro 05, 2008

Volto com aquele medo, o que se tem na hora de fazer. Inesperado e desejado. Volto porque " falto eu mesmo, e essa lacuna é tudo". Deveria eu colocar uma nota no rodapé?
As minhas palavras andam em lugar que não conheço e de um jeito que tentarei adivinhar.
Como se eu tivesse que devolvê-las, em nome daquelas tantas que entraram.

Ui.

Só não faço um blog novo por falta de título. Quero um que seja o meu. Já nem gosto tanto dessa música, só gosto do jeito como soa. Eu nem sei o que diabos é uma simpatia de giz.
Seria uma pessoa simpática, dessas que sorriem sem sorriso algum? Ou uma simpatia pra atrair bons fluidos, dinheiro e casamento?

( Ainda sem jeito. Mas vamos lá...)

Bom, já que estou insuportavelmente corrigindo meus pensamentos dos dedos, aqui vão algumas simples coisas:




Não estou conseguindo. Venho na próxima.

quinta-feira, dezembro 27, 2007

Uma aprendizagem.

Dos amedrontadores e maravilhosos caminhos para se fazer entender, quando se compartilha o íntimo que seria só seu mas ainda bem que não é...

Talvez exista aquele medo de ter prazer, assim como dizia o livro que deu o título a esse post, de alguém que mais parece ser eu ou alguém de mim, que saiu por aí publicando os meus segredos antes mesmo de eu nascer.
E assim como eu já ouvi tantas outras vezes e talvez já tenha até escrito sobre isso...a gente prefere ser bonitinho do que sentir prazer, e acaba acostumando a fugir do que é bom, mesmo quando não seria " necessário".

E mais difícil do que amar é aceitar se sentir amado. Por que de repente eu cresci achando que não mereço o que mais quero?

Sinto as coisas inevitavelmente, o tempo todo, como acredito ser com qualquer pessoa em qualquer lugar...talvez eu sinta mais, ou diferente, talvez qualquer pessoa sinta de um jeito diferente e totalmente seu...


Sentir é simples. Você sente. É mais involuntário do que voluntário. Acho que vem antes do pensar.

Aí pensar complica, mas também ajuda. O que me vem depois disso é o expressar....e é justamente aí que encontro o monstro mais alto e acabo me esparramando e espirrando em pequenos lances o que sairia de qualquer outra maneira.

E eu, que sempre quis ser mais coração, percebi que existe um certo jogo de cintura, meio racional, quando você tenta fazer um outro entender o seu dentro, tão denso e tão incerto às vezes...não dá pra esquecer que os outros também têm coração. E que existem outros que são tão sensíveis e tão profundos quanto você.

E o ponto que dói é quando se tenta esquecer que as coisas saem, e que existem infinitas possibilidades de vomitar e jogar e saltar pra fora, mas que às vezes eu acabo usando uma só, uma sem graça, que consome o estômago e o coração.

Mas das dores a gente não precisa escrever mais nada. Já foi o bastante. Preciso escrever que sinto um amor nascer dentro de mim, muito sensível, muito lindo, e que esse amor é um amor de vida, e pra minha sorte, de paixão quente também.

Sei que os caminhos estão certos, e que estou começando a andar direito, não direito como as pessoas acham que é, mas o que é pra mim, que é o que importa, esse sim é um clichê válido.

É gostoso crescer...

quarta-feira, novembro 28, 2007

Acalanto em tempestade.

" Acalanto da rosa"

( Por Vinícius de Moraes e música de Claudio Santoro)


Dorme a estrela no céu
Dorme a rosa em seu jardim
Dorme a lua no mar
Dorme o amor dentro de mim

É preciso pisar leve
Ai, é preciso não falar
Meu amor se adormece
Que suave o seu perfume!

Dorme em paz, rosa pura
O teu sono não tem fim...

......


E viva a suavidade das palavras e coisas simples. No fundo tudo é simples, a gente que complica tudo, não é assim que dizem?

Hoje faz muito sol.

Eu não tenho certeza de quase nada na vida. Só do meu grão de amor cheio de notas e ritmos que eu nem sei ainda. Grande medra! medra, e não merda.

Calma coração, calma. Cada dia de uma vez.

Sei que a sorte anda do meu lado.

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sábado, novembro 10, 2007

Pulsação irreal.

Coração surreal.

Não. Não eram palavras dela. Mas eram. Ou foram, foda-se.

Não era morte, mas poderia ser. Não era dor, era incômodo sufocante. O pensamento doía mais do que o coração sem ar, mesmo rezando. Depois tentou pensar em todas as pessoas que conhecia, até aquelas que não amava tanto, que viu duas vezes na vida, ou as que apareceram desejadas de surpresa.

Desejava a felicidade pra todo mundo. Mas porra, e a dela? Ia ficar desejando a paz mundial e ficar sem ar nos pulmões?

Porque respirar não parecia ser muito involuntário. E a cada pensamento que vem, e são muitos( um caos de sons e vozes e caras e cenas e sempre uma música que não pára de tocar), trazia uma distração que a fazia ficar quase que sem respirar. E ter que ficar pensando em inspirar e expirar no sentido literal das palavras...enjoava.

E mesmo respirando fundo, quando achava uma passagem de ar, imaginava que as paredes das vias respiratórias estavam todas infectadas, então respirar fundo só ajudaria aquele cheiro, aquele veneno se espalhar mais ainda pelo corpo. E nascia uma confusão corporal insuportável.

Tomava água, mas o estômago não recebia bem, e a água parecia ser muito fraca pra conseguir limpar. Cuspia, tentava colocar pra fora. Mas parecia uma massa grudenta que precisava ser derretida pra sair. Com fogo, sei lá.

Só queria dormir, mas era incompatível. O coração estava a ritmo de corrida, de emoção, de ansiedade, que não existia realmente. Só queria dormir, desmaiar, sei lá, pensava até nos remédios pra dormir que causam sonhos estranhos.

Das coisas que você não precisa, mas quando faz, nasce a necessidade de outras que você também não precisa.

E a felicidade que lhe custou isso?

Era uma felicidade macabra, sanguessuga, disfarçada de auto-confiança e coragem. Bruxismo, psicose.

E no fundo sabia o que era tudo aquilo. Mas é aí que entra a ilusão. Um super homem em menos de 10 segundos, sem precisar de cabine telefônica nenhuma, talvez um carro, ou um banheiro, ou qualquer superfície plana e lisa.

Até para quem ela era sempre linda, ficava feia, estranha. Cantando as músicas, parecia mais uma bruxa cantando a receita da sua sopa venenosa.

Algo que impedia de sentir tesão sexual e gozar não poderia ser algo bom, poderia?

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Entre as rezas ela pedia pra afastar todas as coisas ruins do seu caminho. Ai ai. Como se rezar fizesse o mundo cor de rosa. Ao menos masturbava um pouco o pensamento.

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Ainda bem que é ficção.

quarta-feira, outubro 24, 2007

Prelúdios de um bom músico.

O que sustenta a emoção é a técnica, que abre as possibilidades e dá um presente pra emoção se manifestar de maneira mais plena, ou mais compatível com o momento que se quer.

A emoção musical sozinha algumas vezes funciona, mas fica rodeada de limites.

E em contrapartida, o que sustenta a técnica é a emoção...pra segurar a afinação cantando uma nota que dure mto tempo, só entendendo o que ela quer dizer, se é raiva, se é amor, se é dor, se é o que for pra você....

A técnica musical sozinha algumas vezes funciona, mas fica rodeada de limites.


Não quero ser a emoção cega e muito menos a técnica robótica, repressora!
Quero os dois no que podem servir de melhor, pra essa coisa que queima aqui, que a gente nunca vai saber o que é, que não pára de se insatisfazer pra querer se satisfazer de novo...

Hoje eu quero mais é ser Vinícius de Moraes!

terça-feira, outubro 16, 2007

Meu esquema.

Esquema tão simples,que de tão simples, fica forte...e bonito pra caralho!

O que levar? O que vestir? O que dizer?

Que de menos! Isso é o de menos!

A pergunta não é o quê. Mas como. Nem quando. Porque o quando me parece que gosta de andar sozinho, pulando que nem criança pentelha num sofá de emoções, acompanhado de surpresas doces!

Tudo encaixa quando se quer de verdade. E quando se ama, se adora, se deseja, se sonha, se admira, se encanta, se diverte, se chora, se abraça, se vive....tudo encaixa com uma emoção, aquela velha, que faz as coisas parecerem mágicas, de criança também! Que te fazem sentir uma pessoa especial, um personagem num filme que ninguém nunca vai entender, porque é outro, porque não quer beijar o asfalto embaixo da chuva.

" ...e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha seu encanto diferente, cada passo conduzia à um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações..."

Sinto saudades adiantadas do que estou vivendo. A vida parece uma juventude acontecendo, florescendo, cheia de ansiedades imaturas e vontade de se jogar no ar.

Aí a gente se abraça como quem abraça o mundo. Com a vontade de agarrar com toda força. E com toda força não machuca, só traz mais vida. É assim que o amor faz seu papel de revitalizar mais que qualquer outra coisa.

Como algo assim pode ser loucura ou doença?

Seria o que o médico, se fosse menos frio, branco sujo, e mais inteligente, receitaria...

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Agradecer, pela merda que for, agradecer.

Porque é realmente um presente. Um luxo.

Estar vivo, respirar.

Fundo!

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Esses dias senti uma tranquilidade cheia de tensão gostosa, de emoção forte, de lágrimas pesadas e que não se importavam se mais alguém via...talvez porque eu estava em um personagem ainda..mas que era tão eu...parecia uma força que dormia aqui dentro, mas que precisava aparecer pra tudo ter sentido..eu era outra, mas era eu...

E assim, lavando o rosto numa pia desconhecida, eu senti que eu estava viva, que poderia morrer, mas que eu tinha que falar pra ele. Pra ele saber que se eu morresse naquele momento, ele poderia dizer pro mundo inteiro que eu vivi, nem que por um momento, eu vivi de verdade.

...

Viver de verdade pode ser algo tão pequeno. Pode ser que nem naquele filme, onde um saco voando no ar era a manifestação absurda de beleza que a natureza traz, uma performance na calçada...e é tanta beleza que não cabe aqui, não cabe, não cabe, tem que sair de alguma maneira...


E aí me disseram que as lágrimas aparecem quando não existem mais palavras pra exprimir o que se sente. São as palavras líquidas, saindo que nem sussuros, gritos, canções.

Então agora eu deixo as palavras pra lá.

Boa noite. Boa vida, meu piá, meu amor.